"Aquela Máquina" está em Paris para conhecer o novo DS7 Crossback. É o primeiro modelo do resto da vida da DS Automobiles, uma marca autonomizada em 2014 para assumir um estatuto Premium no seio do Grupo PSA. O tempo passou e, se tem sobrevivido à custa da herança dos DS3, DS4 e DS5 da Citroën, mostrou agora o seu primeiro modelo e, curiosamente, é um SUV.
CHASSIS. O DS7 Crossback pode ser o primeiro veículo realizado de base pela DS, mas tem origem na plataforma modular EMP2, que está na base do Peugeot 3008 e outros modelos do Grupo PSA. Mas há uma diferença fundamental: em vez do eixo semi-rígido, a DS apostou num sistema multilink traseiro que, ao mesmo tempo que potencia o conforto, reduzindo vibrações e filtrando as irregularidades do piso, também contribui para vincar a qualidade do comportamento dinâmico.
Com 4,57 metros de comprimento, 1,89 metros de largura e 1,61 metros de largura, o DS7 Crossback posiciona-se entre segmentos tradicionais do mercado. Um Peugeot 3008 tem 4,48 metros de comprimento e um 5008 garante 4,64 metros. Esta comparação também é válida para os Volvo, onde o novo XC40 (4,42 metros) e o XC 60 (4,69 metros) são bons exemplos para perceber o posicionamento desta proposta.
Os elevados padrões de qualidade são transversais a todas as propostas numa abordagem estilo artesanal, que passa pelo tratamento da pele, das madeiras e até dos pontos de costura. Os bancos podem ter a função de massagem, de acordo com os níveis de equipamento. Os plásticos têm um bom toque e transmitem uma boa imagem à visão e ao tacto.
O espaço para quatro adultos é mais do que interessante, mas o terceiro ocupante do banco traseiro está longe de ser o mais confortável por culpa do desenho do estofo, mas também pelo bloco central que reúne as saídas de ar da climatização.
Tal como acontece com as berlinas de luxo, os bancos traseiros do DS7 Crossback podem ser reclinados electricamente. Na configuração normal dos assentos, o porta-bagagens garante um volume de 555 litros e podem chegar aos 1.72 litros com os bancos posteriores rebatidos, valores muito interessante para um SUV com estas dimensões.
AO VOLANTE. Já guiámos o novo DS e gostámos da proposta de conforto. O SUV francês privilegia a tranquilidade face às performances. É uma opção que tem os seus adeptos...
Gostamos da insonorização, aplaudimos o desempenho do eixo traseiro multilink, que ajuda a absorver todas as irregularidades do piso, e admitimos que esta é uma proposta à medida de quem aprecia viajar de uma forma tão tranquila como cómoda.
A auto-estrada talvez seja o habitat natural para este SUV, que se afirma como um grande rolador, mas ele não teme as estradas secundárias onde uma direcção precisa e uma suspensão eficaz permitem manter ritmos elevados.
Há muita tecnologia disponível de série ou em opção, num modelo onde os modos de condução oferecem quatro opções principais: "Sport", para os mais dinâmicos; "Confort" associado ao sistema de amortecimento pilotado; "Normal", "ECO". Os modelos mais equipados oferecem a opção "Areia" e "Lama", que ajudam a superar a falta de tracção num modelo de tracção anterior.
Em forma de conclusão podemos dizer que gostámos do DS7 Crossback. É assumidamente um familiar e não tem aspirações a piscar o olho aos que gostam de emoções fortes. Mas faz bem o que deve fazer, e isso é o maior elogio que podemos fazer ao novo modelo da nova marca francesa...
EM PORTUGAL. Os DS7 Crossback chegam ao mercado nacional em meados de Janeiro, mas a gama ainda não está definida e, os preços ainda não foram divulgados. Mas como a DS reivindica um posicionamento no segmento Premium e vai vender este SUV numa nova rede exclusiva formada por stands "DS Store" e "DS Saloon", há que contar com valores elevadas que podem começar entre os 30 e os 40 mil euros e ir para lá dos 60 mil euros. Com diz o outro: bom e barato é coisa que já não há…
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